Hoje o tema estresse é largamente explorado pela mídia. Fala-se do estresse no trabalho, nas grandes cidades etc., mas esquecem de falar do estresse que a pessoa homossexual sofre desde muito cedo na sua vida.
Desde sua infância, o homossexual recebe mensagens explícitas e implícitas da sociedade e da família reprovando a homossexualidade. Instala-se um grande conflito naquele pequeno ser, entre sua orientação sexual e a pressão sociofamiliar. Este conflito, eu chamo de estresse emocional crônico. É um tipo de estresse que pode acompanhar a pessoa para o resto da sua vida.
O estresse emocional crônico leva a um desequilíbrio psicofisiológico no homossexual, podendo desencadear problemas emocionais e físicos, como: distúrbio de ansiedade, depressão, baixa auto-estima, irritabilidade, falta de concentração, transtorno de personalidade, disfunções sexuais, hipertensão, cardiopatia, dificuldades gastrointestinais etc..
A prática clínica vem demonstrando que, na esfera psicológica, o sintoma ansiedade está sempre presente. Por conta da pressão social e de uma rejeição familiar muito severa, alguns homossexuais poderão desenvolver algum transtorno de personalidade. Será uma pessoa desequilibrada.
O homossexual que não sofreu severa violência física ou emocional quando criança poderá ter um bom nível de equilíbrio emocional quando adulto. Ele ficará livre de desenvolver algum transtorno de personalidade e não reforçará o modelo incorreto de que todo homossexual é problemático.
O homossexual saudável e equilibrado existe. Nele, o estressor ansiedade também se manifestará com um grau elevado, pelo motivo da haver a reprovação sociofamiliar pelo fato de ele ser homossexual. Para que ele possa manipular este estressor de forma correta, é necessário que desenvolva mecanismo para não se deixar consumir pela ansiedade gerada pelo fato de ser homossexual e ter uma vida saudável.
O estresse emocional crônico na pessoa homossexual diminui a sua expectativa de vida, fazendo que tenha uma sobrevida menor do que o restante da população. A ansiedade e o estresse debilitam o sistema imunológico, potencializando doenças.
Apesar das religiões e do pensamento social conservador insistir em afirmar que todo homossexual é desajustado e infeliz, a vida tem demonstrado o contrário: a homossexualidade pode dar certo, vai depender muito da cabeça do homossexual.
Abaixo, relaciono pontos relevantes para minimizar o estresse emocional crônico, para que o homossexual possa vivenciar sua homossexualidade de forma saudável e com a auto-estima elevada:
- 1. Harmonizar-se com sua orientação sexual homo, passando do estágio de rejeição para aceitação. Viver a vida sem culpa ou vergonha. Necessitando, procurar ajuda de um psicólogo que tenha visão progressista da homossexualidade.
- 2. Ter independência financeira e emprego, não dependendo de ninguém.
- 3. Construir uma rede social de amigos homos e héteros que não sejam homofóbicos.
- 4. Caso continue sendo rejeitado pelos pais, estabelecer ligações com as pessoas que lhe sejam importantes e aceitem a homossexualidade. Com estas pessoas, constituir uma nova família, estabelecendo relações afetivas em substituição à família biológica.
- 5. Ter uma vida social ativa.
- 6. Reunir periodicamente os amigos para festas e viagens.
- 7. Praticar algum tipo de lazer.
- 8. Praticar algum tipo de esporte ou atividade física.
- 9. Cuidar da alimentação, evitando excessos de gorduras e doces. Ter uma dieta balanceada. Se possível, buscar ajuda de um profissional da área alimentar
- 10. Ligar-se afetivamente a outro homem homossexual e construir uma relação.
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